sábado, 26 de junho de 2010

aspas (ainda não autorizadas) de Carolina Melo

Carolina Carol Melo Bela - retirei seu codinome do cancioneiro popular – é uma amiga revelada nas horas de entrega, energia, perrengue e reflexão.

Muitas coisas me fazem lembrar seu dedo indicador voando pelos ares, seu tom de militância e suas escolhas na contramão. Vida-obra de Patrícia Galvão encontrada no sebo, por exemplo, remete ao cheiro de coquinho do Cerrado que levemente carrega Carol. Suas palavras duras de NÃO, necessárias como a luta de Pagu contra “os pregos na cabeça” do SIM, me conduzem ao sonho pouco mágico da subversão e da transitividade. Quem sabe um dia, mais para frente, nós alcancemos algo que poderemos transformar em negação?

Porém, os tempos são de recolhimento, “morrer para nascer”, diria Carolina. E é por isso que ela tem vivido “de futuro”. E me ensinado a “viver de futuro”. Tocando-me profundamente com uma breve expressão.

Nesse momento de nossas vidas, devo estar contente apenas com suas correspondências (virtuais). E assim faço, compartilhando em partes, é claro. Porque Carolina Melo não cabe em uma caixa de cartas privadas. A menina da flor solitária pendurada no ombro é para o mundo, não apenas para Ana Rita, Taiana e Patrícia.


Ô meninas, tô sumida.
Sei que é errado viver de futuro. Mas estou fazendo isso agora.
Estou morrendo para nascer.
E quando nascer... Ah! Ninguém vai me segurar... rs

(...)

Neste processo, ando pensando nas classes, que nos afastam, e existem! Nas diferenças não concebidas como igualdades. E ando assumindo as contradições da melhor forma que consigo.

De fula, fiquei em segundo lugar no concurso pra jornalista do IFG. Rrrr!

De joça, estou doida para começar minha pesquisa empírica no Real Conquista.
De sina, estou colecionando caixinhas de saudades.
No mais, ando vivendo de futuro...
Beijos! Carol


Ps.: Ela ainda não me autorizou a publicar parte de seu e-mail. Portanto, se não gostar da surpresa, terei de apagar esta postagem. Aproveitem!