Nada melhor do que aquilo que não alcançamos, pelo simples fato de já termos em mente uma série de padrões sobre o que tanto desejamos. De modo que a idealização pode vir a tornar-se um problema grave, arrancando de nós o que outrora ensaiamos ter. O que desejamos está tão longe e difícil que preferimos seguir na luta da conquista - considerando, até, que nunca será possível realizar esse desejo.
Mas o problema maior é quando a busca por condições ideais para se realizar uma ação envolve o outro. Gera grande expectativa. E ainda pode soar como desfeita, omissão ou, o contrário, cobrança. Afinal, nossa ação idealizada também interfere no que o outro planeja e estabelece, muitas vezes, com base no que viveu, no que sonha viver e no que considera "bom" para seu seguir vivendo. Ou seja, o outro tem lá seus padrões, sua fixação, seus deslumbramentos. Tem lá o que julga melhor para se alcançar a sonhada liberdade.
O que está pressuposto, enfim, é o que desejamos, mas sobretudo, o que nos acorrenta. Alimentamos doces construções sociais da mesma forma como fugimos delas. Causamos o choque. E, assim, confundimos toda a nossa identidade.
Obs.: Esta é uma reflexão inicial sobre um texto que fichei na tarde de hoje: A POLÍTICA E A SUJEIÇÃO SOCIAL PELA FORMA - Praxis e Pseudo-atividade em Adorno. O autor é Wolfgang Leo Maar. Está disponível em Antivalor. Bem possível que tudo aqui seja um grande equívoco de iniciante.
Mas o problema maior é quando a busca por condições ideais para se realizar uma ação envolve o outro. Gera grande expectativa. E ainda pode soar como desfeita, omissão ou, o contrário, cobrança. Afinal, nossa ação idealizada também interfere no que o outro planeja e estabelece, muitas vezes, com base no que viveu, no que sonha viver e no que considera "bom" para seu seguir vivendo. Ou seja, o outro tem lá seus padrões, sua fixação, seus deslumbramentos. Tem lá o que julga melhor para se alcançar a sonhada liberdade.
O que está pressuposto, enfim, é o que desejamos, mas sobretudo, o que nos acorrenta. Alimentamos doces construções sociais da mesma forma como fugimos delas. Causamos o choque. E, assim, confundimos toda a nossa identidade.
Obs.: Esta é uma reflexão inicial sobre um texto que fichei na tarde de hoje: A POLÍTICA E A SUJEIÇÃO SOCIAL PELA FORMA - Praxis e Pseudo-atividade em Adorno. O autor é Wolfgang Leo Maar. Está disponível em Antivalor. Bem possível que tudo aqui seja um grande equívoco de iniciante.