“O historiador italiano Carlo Cipolla,  em seu estudo Letramento e desenvolvimento no Ocidente (1969), deu  ênfase à contribuição da capacidade de ler e escrever para a  industrialização e, mais genericamente, para o “progresso” e a  “civilização”. Sugeriu que “a difusão da capacidade de ler e de escrever  significa... uma atitude mais racional e mais receptiva diante da  vida”. O trabalho de Cipolla é representativo de uma fé na  “modernização” típica de meados do século XX, crença subjacente às  campanhas de alfabetização organizadas pela Unesco e pelos governos de  países do Terceiro Mundo, como Cuba”.
BURKE, Peter & BRIGGS, Asa. Uma história social da mídia. RJ: Zahar, 2006. p. 14
 
“O novo Citroën incontestavelmente cai do céu, na medida em que se apresenta, de imediato, como objeto superlativo. É preciso não esquecer que o objeto é o melhor mensageiro da sobrenaturalidade: há facilmente no objeto ao mesmo tempo perfeição e ausência de origem, fechamento e brilhância, transformação da vida em matéria (a matéria é bem mais mágica do que a vida) e, em suma, um silêncio pertencente à categoria do maravilhoso”.

 
