segunda-feira, 14 de novembro de 2011

arréte là, menino

Num repente despertou-se confusa, inebriada pela paz acometida durante a noite, sozinha, avistando somente um rosto desconhecido. Conhecido e desconhecido. Ora um ora outro. Alguém que não conversava, não andava, apenas fitava-a com firmeza. Es decir, algum som de sua boca saía, mas não lhe era acessível. Rosto esse que não era de convivência, mas sim de deleite. Sensação de conforto logo deu espaço à solidão e ao vazio de nada esperar. “Arréte là, menina!”. Menino. Pois, “cada pétala de flor abre no seu tempo...”. Calma. Tudo parecia resumir-se de forma linear: viver em pensamento. Apenas em mente. Isso lhe trazia a calma tão desejada. Mas não era o fim. Não seria assim. No mesmo repente, esse rosto muito prontamente bateu-lhe à porta, pedindo um cigarro e fazendo-lhe convites. Irrecusável convite à ação. Que pena!